quarta-feira, 13 de abril de 2011

Abertura do II Seminário de Direitos Humanos da UEPB
Mesa redonda abre o evento com a participação de alunos e professores.
No primeiro dia do II Seminário de Direitos Humanos promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEPB iniciou-se com a mesa redonda Pós-Ditadura e a Justiça de Transição no Brasil com a participação da vice- presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Sueli Bellato.
 Ao percorrer a história política do país se faz uma viagem pelas formas ditatórias aplicadas no período dos anos 30, na ocasião Sueli apresentou um vídeo sobre a Anistia do mesmo ano, época de ditadura militar, fase de mortes, opressões, suicídios que marcaram esse período.
“A ditadura militar é uma imposição não só dos militares, mas também de empresários (mal de perdedores que impuseram pela força)” comentou Sueli. O sistema colocava pessoas infiltradas na sociedade para que todos se tornassem inimigos de todos, momento que acarretou várias conseqüências e atualmente faz com que a justiça do país restabeleça a verdade e puna os agressores.
É cobrado para que no mínimo seja desvendado o nome desses agressores para que não se façam homenagens as pessoas que mataram os brasileiros.
Dando continuidade a discussão desse tema o professor Luciano Nascimento Leite começa sua fala argumentando que “Se não é feito um estudo do tempo passado, não se sabe compreender o presente, é necessário olhar para o passado para fazer uma leitura do presente”.
Segundo o Professor Doutor Luciano Nascimento Silva “O direito é uma força que matou a própria força e tem que ser transparente, direto e democrático”. Ressaltando a importância de se debater e não esquecer o período em que os direitos humanos das pessoas foram oprimidos junto com o significado do que seja o Direito.
Após a palestra foi aberto aos estudantes um espaço para debates sobre o tema abordado. Uma das questões respondidas pelo professor foi a respeito de quem deveria ser o “guardião” da democracia. Segundo ele, deveria ser uma corte constitucional, fato que não existe atualmente, pois o tribunal judicial é uma corte política.

Os alunos participaram ativamente e se inquietaram com as discussões. Um participante do curso de direito do Campus da UEPB na cidade de Guarabira afirmou que “somos educados para ter medo, se não sabemos defender nosso próprio direito como vamos defender os direitos dos outros? Devemos nos posicionar!”
As discussões prosseguirão durante a segunda mesa a partir das 19h e a quinta feira no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da UEPB.
Por: Lilya Layze Skarllety Fernandes

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